III Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) é adiado mais uma vez!

Na última semana, a Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO) se reuniu, trazendo consigo grandes expectativas para o lançamento do III Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). No entanto, o desfecho não ocorreu como esperado devido a uma pauta específica: o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (PRONARA).

Embora a redução do uso de agrotóxicos seja um consenso na sociedade civil e na maioria dos ministérios presentes na CNAPO, o Ministério da Agricultura mostrou-se inflexível quanto à inclusão do PRONARA no Planapo. A pressão intensa da sociedade civil não foi suficiente para sensibilizar o MAPA, que se opõe à iniciativa.

"Para nós dos movimentos e organizações sociais, não faz sentido ter um Plano de Agroecologia que não inclua medidas para reduzir o uso de agrotóxicos, considerando que o Brasil continua sendo o maior consumidor mundial desses produtos há vários anos", afirma Philipe Caetano, representante do MCP como membro na CNAPO.

O PRONARA foi concebido na própria CNAPO durante o governo Dilma, porém enfrenta obstáculos na sua implementação devido à resistência do MAPA. Este programa propõe diversas iniciativas para monitorar e reduzir o uso de agrotóxicos, promovendo alternativas de produção mais sustentáveis, como os Bioinsumos.

Assim, governo e sociedade civil buscam um consenso sobre o lançamento do Planapo e como convencer o MAPA a aceitar um programa que traz benefícios claros ao Brasil, especialmente em um momento de intenso debate sobre questões ambientais e mudanças climáticas.

Nós, camponeses e camponesas, povos do campo, da floresta e águas, cientistas, trabalhadores da cidade, consumidores e consumidoras de alimentos, dizemos que é preciso ter coragem para dar o primeiro passo: Pronara Já!